RELAÇÃO ENTRE PERMANÊNCIA, MORTALIDADE E ÍNDICE DE INFECÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UM ESTUDO RETROSPECTIVO

Área: Medicina

Lucas Silva Sobreira
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

lssobreira@hotmail.com

Lucas Silva Sobreira
Lucas Freire Bruxel
Luana Severo Vasconcellos
Juan Diego Soares Zambon
Diego da Rosa Miltersteiner
Mateus Silva Sobreira

Introdução e Objetivos Doenças que levam a um período prolongado de permanência (PPP) em uma unidade de terapia intensiva (UTI) está associado a significativa mortalidade e uso de recursos. Este estudo visa comparar grupos de médio (menos de 15 dias) e longo (mais de 15 dias) período de permanência em UTI e comparar suas taxas de mortalidade em UTI de Hospital Universitário de Canoas. Material e Métodos Fora realizado levantamento de dados prontuário do período foi agosto/2013 a maio/2014, e os dados foram tabulados e analisados no software IBM SPSS 20. Resultado e Discussão Foram obtidos dados de 86 pacientes, desses, 35 permaneceram na UTI menos de 15 dias, 37% (n=13) óbito, com média de permanência na UTI de 8,36 dias (minimo 2 máximo 15 dias). Tiveram alta da UTI 62,9%(n=22) deste grupo, com permanência média de 8 dias. Dos que permaneceram mais de 15 dias, 51 pacientes, 58,8% (n=30) óbito, com média de permanência na UTI é de 38,37 dias (mínimo 16 máximo 83 dias). Tiveram alta da UTI 41,2% (n=21) e desses a média de permanência é de 45,14 dias. Conclusão. Encontrarmos diferença significativa de óbito em médio e longo período de internação em UTI: o grupo média permanência teve menor taxa de óbito, todavia, não podemos afirmar ser um risco independente, tendo em vista não isolarmos fatores de confusão e o tamanho da amostra. Outro achado foi o de que a procedência (paciente de outro hospital vs do próprio hospital)não interferiu na mortalidade: tal questão foi levantada pela incidência de bactérias multirresistentes ter maior prevalência em pacientes vindos de outros locais. Mais estudos comparando período prolongado de permanência precisam ser realizados para verificar ser fator de risco independente, inclusive para verificar mortalidade pós alta hospitalar.