Implantação do Protocolo de Transporte Seguro na Terapia Intensiva

Angela Enderle Candaten
Ana Cristina Pretto Báo
Ruy Barcellos

Em 2004, a OMS lançou a Aliança Mundial para Segurança do Paciente e identificou processos que poderiam contribuir com essa estratégia. O objetivo principal é evitar danos ao paciente e, dessa forma, reduzir as consequências negativas de um atendimento realizado de forma insegura. Após experiências negativas durante a realização de transporte de pacientes críticos, em 2009, o Hospital Pompéia de Caxias do Sul/RS elaborou um check list de transporte seguro que teve por finalidade auxiliar os profissionais a realizar a conferência dos itens necessários para garantir o transporte seguro, evitando danos evitáveis. Buscando aprimoramento, esse check list foi revisado e tornou-se um protocolo institucional e passou a ser item obrigatório no transporte dos pacientes críticos em 2013. O principal aspecto dificultador foi a sensibilização dos profissionais acerca da importância do transporte seguro e a efetivação do uso do protocolo. Após sete anos de sensibilização e capacitações, as unidades de terapia intensiva aderiram ao protocolo e alcançou-se resultados positivos: diminuição da incidência de intercorrências no transporte, hipóxia, hipoglicemia, interrupção de drogas vasoativas e sedativas, falta de oxigênio, etc. Ainda, o protocolo prevê o acompanhamento de um profissional médico, um enfermeiro e um técnico de enfermagem em todos os transportes o que garante uma assistência segura e de qualidade. A partir da implantação do protocolo, as unidades de terapia intensiva dispõem de todos os equipamentos necessários para garantir um transporte seguro e previstos pela RDC n.°7/2010, norma que regulamenta o funcionamento das Unidades de Terapia Intensiva em todo o Brasil.