A Utilização do Ultrassom na Detecção de Derrame Pleural à Beira do Leito: uma Revisão de Literatura

Área: Medicina

LUIZA ZENI
Zeni Ecografia

Luiza Zeni
Valdoir Jose Zeni
Ricardo Zeni
Rafael Garcia

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS O derrame pleural é um problema comum nas unidades de terapia intensiva. Com o intuito de realizar um diagnóstico preciso associado à segurança do paciente, a ecografia se insere como exame detentor de inúmeras vantagens para sua detecção. Objetivamos, por meio dessa revisão, demonstrar o papel do método no diagnóstico de derrame pleural à beira do leito. MATERIAL E MÉTODOS Por meio da base de dados do sistema SciELO e PubMed foram pesquisadas publicações periódicas e artigos indexados na área nos últimos 15 anos, em português e em inglês, sendo selecionados os mais relevantes. Foram empregadas as palavras-chave ultrasound pleural effusion critical care unit e seus similares em português. RESULTADO E DISCUSSÃO A detecção de derrame pleural por ultrassom pode ser realizada por duas abordagens: intercostal direita ou abdominal. O líquido possui aspectos ecográficos passíveis de diferenciação entre transudato e exsudato. O ultrassom oferece melhor localização, caracterização e quantificação do derrame pleural quando comparada à radiografia; ou seja, pode influenciar em condutas. Também, oferece outras vantagens como não possuir radiação, ter possibilidade de ser repetido quando necessário e estar disponível à beira do leito, podendo se fazer presente para guiar toracocenteses e colocação de cateteres. Além disso, oferece melhor portabilidade e imagem em tempo real, ou seja, vantagens significativas em relação à radiografia. No entanto, possui limitações no seu uso, pois necessita de treinamento profissional, além do custo do aparelho e da necessidade de registro adequado do exame. CONCLUSÃO A ultrassonografia é um exame que possui muitas vantagens na detecção de derrame pleural à beira do leito como demonstra a literatura. No entanto, é preciso incentivar o treinamento dos profissionais, a fim de promover a precisão do diagnóstico. Ainda, são necessários protocolos para melhorar sua adequação e seu registro dentro da prática diária.