Perfil dos pacientes com injúria renal aguda em uma Unidade de Terapia Intensiva do interior do Rio Grande do Sul.

Área: Enfermagem

CARLA REGINA BOTH
HOSPITAL DE CARIDADE DE CARAZINHO

CARLA REGINA FONSECA BOTH
LORENA DORNELAS PEREIRA

INTRODUÇÃO: Insuficiência Renal Aguda (IRA) é a redução aguda da função renal em horas ou dias. Refere-se principalmente a diminuição do ritmo de filtração glomerular e/ou do volume urinário, além de distúrbios no controle do equilíbrio hidro-eletrolítico e ácidobásico. Os estágios de gravidade são baseados nas alterações da creatinina sérica ou volume urinário, considerando o pior resultado. OBJETIVO: Este trabalho visa comparar os índices de IRA na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital geral, com os encontrados na literatura mundial, além de traçar o perfil destes pacientes. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo que analisou 40 pacientes que apresentaram injúria renal aguda selecionados de um total de 364 pacientes internados em uma única UTI, no período entre 01/08/2015 à 29/02/2016. Avaliamos idade, sexo, diagnósticos na internação, comorbidades, grau de IRA, se dialítica ou não, média de sessões de diálise e tempo médio de internação. Utilizamos critérios para classificação e diretrizes da KDIGO. RESULTADOS: A incidência de IRA no período estudado foi 11%, sendo 65% no sexo masculino, 42,50% com idade entre 70 e 90 anos, 29,47% necessitaram diálise e a média de sessões foi 4,57 sessões. Em relação ao estágio de lesão renal, 72,50% estágio 3, 17,50% estágio 2 e 10% estágio 1. A média de dias de internação perfez 8,18 dias, os diagnósticos de internação prevalentes: insuficiência respiratória, pneumonia, sepse e edema agudo de pulmão e principais comorbidades: diabete melito, hipertensão, insuficiência cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crônica. CONCLUSÃO: Encontramos incidência compatível com dados da literatura, sendo A IRA uma complicação em 5% das hospitalizações e até 30% das internações em UTI. A incidência de IRA aumenta com a idade sendo 3,5 vezes maior nos pacientes acima de 70 anos justificada pela perda progressiva da filtração. Devido às altas taxas de morbimortalidade é essencial conhecer os indicadores de IRA e traçar estratégias de prevenção.