Fatores intervenientes no sono do paciente grave

Área: Enfermagem

PRISCILLA BARBOSA DA SILVA
Universidade de Brasília

Bruno Ratier Saconi de Almeida
Priscilla Barbosa da Silva
Marcia Cristina da Silva Magro

Introdução e Objetivos: Diferentes fatores contribuem para o comprometimento da qualidade do sono de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O objetivo deste estudo foi identificar os fatores que interferem na qualidade do sono de pacientes sob a perspectiva do profissional de enfermagem. Material e Métodos: Estudo transversal, quantitativo e descritivo que incluiu 51 enfermeiros e técnicos de enfermagem com tempo de atuação ≥ 6 meses na UTI. Os dados foram coletados por meio da aplicação de questionário estruturado e da escala do Environmental Stress Questionnaire (ESQ) - versão brasileira. Os resultados foram expressos em frequência relativa e absoluta, média, desvio padrão. Aplicou-se a escala do tipo Likert com variação de 0 (nenhuma importância) à 10 (máxima importância), para avaliar a importância do sono para a recuperação do quadro geral do paciente internado na UTI. Resultado e Discussão: A média de idade dos profissionais foi de 35±9 anos, entre eles 74,5% era do sexo feminino. De todos os profissionais, 41,2% afirmaram ser o sono uma atividade fundamental para os pacientes de UTI, enquanto quase a metade (49,1%) afirmou ser de importância moderada. Para eles os itens mais estressantes e intervenientes ao sono do paciente no cenário de UTI relacionam-se com “Sentir medo de morrer”, seguido por “sentir dor” e “não conseguir dormir”. A identificação dos estressores provê a base para o desenvolvimento de medidas voltadas à promoção do sono (KAMDAR, 2014). Apesar da importância do tema, apenas 36,7% dos profissionais afirmaram ter adquirido conhecimento científico sobre o sono durante o processo de formação básica (graduação/curso técnico), e 98% afirmaram não existir na unidade de serviço um protocolo específico de promoção da saúde ao sono. Conclusão: Constatou-se que os fatores intervenientes ao sono não se limitaram a aspectos ambientais, mas a fatores fisiológicos e psicológicos, segundo os profissionais de enfermagem.