Índice de Respiração Rápida e Superficial (IRRS) e Pressão Inspiratória Máxima (Pimáx) como preditores de desmame em pacientes sépticos internados em Unidade de Terapia Intensiva

Área: Fisioterapia

CAROLINE DE AVILA OLIVEIRA
Pontifícia Universidade Católica do Rio grande do Sul

Caroline de Avila Oliveira
Clarissa Netto Blattner
Rafael saldanha dos Santos
Adriana Kessler

Introdução e Objetivo.A Sepse é uma síndrome antiga e devastadora, entre as causas mais comuns de admissões e óbitos nas unidades de terapia intensiva e hospitais do mundo.As conseqüências fisiopatológicas da doença são complexas interações entre micro-organismo e resposta imune pró inflamatória, podendo gerar consequências na independência ventilatória, com uso de ventilação mecânica.Equipes vêm trabalhando em busca de subsídios que predizem sucesso no desmame ventilatório, entre eles encontram-se o índice de respiração rápida e superficial e Pressão inspiratória máxima.Objetivamos analisar se índices preditores de extubação são eficazes para predizer sucesso no desmame em pacientes sépticos internados em UTI. Materiais e Métodos:Estudo prospectivo quase-experimental com amostra consecutiva por conveniência. Foram incluídos pacientes internados na UTI Adulta do HSL, submetidos à ventilação mecânica invasiva por mais de 24 horas. Aqueles com critérios para desmame foram colocados em ventilação espontânea e o IRRS foi mensurado no 1º e 30º minuto. Pacientes que apresentaram o IRRS ≤105 ipm/L e pressão inspiratória máxima (PImax) < -20 cmH2O, foram extubados. O nível de significância foi de 5%. Resultados e Discussão: Amostra foi composta por 70 pacientes com média de idade de 60,4±15,9 e predomínio do sexo masculino. Foram analisados quanto à evolução no desmame, classificando-os como sucesso e insucesso. Análises demonstram que os dias em VM não interferem no desmame (p=0,830). Os pacientes com sepse tiveram uma taxa de insucesso elevado (70,6%).O sucesso no desmame ocorreu em 75,7%, sendo 28 sépticos. Os valores de Pimax não demonstraram relação com sucesso/insucesso. Em relação ao IRRS, foi observado que pacientes com insucesso apresentaram aumento no percentual desta variável, quando comparado aos que obtiveram sucesso.(p=0, 032) Conclusão:IRRS e Pimax não demostraram relação significativa com o desfecho, sem diferença entre evolução de sépticos e não sépticos.