Relato de Caso: Uso da manobra de PRONA em paciente politraumatizado

Área: Enfermagem

DULCE INES WELTER
Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Dulce Ines Welter
Graciele Nadalon Deponti
Daniele Martins Piekala
Wagner da Silva Naue
Marcele Chiste
Patrícia Maurelo Neves Bairros
Sílvia Daniela Minossi
Karina Mesquita Teixeira
Danusa Cassiana Rigo Batista
Paula Pinheiro Berto
Vanessa Martins de Oliveira

Introdução: Nos últimos anos, o interesse pela posição PRONA ressurgiu a partir da publicação de grande ECR que demonstrou expressiva redução de mortalidade no grupo pronado. Contudo, não é insenta de complicações. Metanálise recente demonstra que a manobra é segura para pacientes em geral. Alguns grupos específicos como grávidas e politraumatizados são considerados de alto risco. Objetivo: Descrever os cuidados durante a manobra de prona em paciente politraumatizado. Material e Métodos: Relato de caso de politraumatizado com SARA grave submetido à manobra prona em um Centro de Terapia Intensiva de um hospital universitário. Resultados: Paciente masc, branco, 19ª, hígido com história de colisão moto x caminhão há 9d. Diagnóstico de TCE com lesões sugestivas de lesão axonal difusa em TC, fratura exposta de MIE e trauma abdominal fechado. Evolui com SARA grave (relação P/F 80) e hipoxemia refratária à ventilação protetora. Avaliadas as opções terapêuticas com contra-indicação para ECMO pelo sangramento intracraniano sendo optado pela manobra de PRONA. Na realização das manobras foi aplicado o check list, ferramenta de segurança e qualidade. Não houve intercorrência. Deve se salientar algumas adaptações a este paciente: Aumento do numero de componentes para manobra – 5 para 6, mobilização do membro com fixador; Reforço de cobertura sobre os fixadores e coxim colocado na região da tíbia mantendo o membro elevado em 90º, mesmo ângulo entre pé/tornozelo para evitar encurtamento do tendão de Aquiles; Avaliação da cor e pulso pedioso do membro com fixação externa a cada 2h. Conclusão: A literatura sugere que politraumatizados não devam ser pronados, pelo alto risco de complicações durante a manobra, esses riscos podem ser dramaticamente reduzidos com educação da equipe e prática na realização da manobra, o que vem de encontro com nossa experiência. Salientamos a padronização, especificidade e individualização nos cuidados deste grupo de pacientes.