Prevenção de úlcera por pressão: um relato de experiência

Área: Enfermagem

ANGÉLICA MARTINI CEMBRANEL LORENZONI
Universidade Federal de Santa Maria Campus Palmeira das Missãoes

Tiago Rafael Da Silveira Meller
Suélen Pereira Franzmann
Monique Prestes
Mônica Strapazzon
Angélica Martini Cembranel Lorenzoni

Introdução: Pesquisas desenvolvidas apontam que pacientes acamados são mais propensos a desenvolver este tipo de lesão. Segundo dados da National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), EUA, a prevalência a de úlcera por pressão- UPP em hospitais é de 15% e a incidência é de 7%. No Brasil, um estudo em um hospital geral universitário evidenciou uma incidência de UPP 39,81%. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem frente ao cuidado de um paciente com UPP e história prévia de Câncer (CA) de pulmão. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado em uma Instituição Filantrópica no Norte do RS, durante estágio extracurricular. Resultados e Discussões: Durante a realização de estágio em Unidade de Internação – Clínica Médica, identificou-se um paciente em estado terminal de CA metastático pulmonar com comprometimento da coluna vertebral, o qual após dias internado e com restrição de movimento apresentou a primeira UPP categoria I na região sacral. Os cuidados de enfermagem prestados para tratamento e prevenção da UPP foram o uso de colchão piramidal, coxins nas proeminências ósseas, curativos com Ácidos Graxos Essenciais (AGE), e mudança de decúbito de 2/2 horas. Após dez dias de cuidados prestados a lesão evoluiu para UPP categoria IV, intensificando as intervenções de enfermagem com curativo duas vezes ao dia com colagenase para o auxilio do desbridamento, alginato para o controle de exsudato e AGE nas partes ósseas visíveis. Devido a sua condição clínica não tolerava mudança de decúbito, dificultando os cuidados integrais. Conclusão: As rotinas de prevenções de UPP incluem; avaliação do grau de risco através de escalas, uso de colchão piramidal, mobilização de 2/2 horas do paciente, proteger saliências ósseas, tratamento precoce de pele e registro de alterações de pele. Percebemos neste estudo que o enfermeiro tem o papel de planejar uma assistência adequada com intervenções preventivas e terapêuticas à necessidade de cada paciente.