Insuflador-Exsuflador Mecânico VS Aspiração Traqueal em Pacientes Ventilados Mecanicamente

Área: Fisioterapia

WILLIAM MAIA COUTINHO
Centro Universitário Metodista - IPA

William Maia Coutinho
Marcelo de Mello Rieder
Paulo José Cardoso Vieira
Fernanda Machado Kutchak
Soraia Ibrahim Forgiarini
Alexandre Simões Dias
Luiz Alberto Forgiarini Junior

Introdução: a efetividade da tosse é um fator determinante no sucesso da extubação e na diminuição da morbidade e da mortalidade em pacientes ventilados mecanicamente. Objetivos: comparar os efeitos fisiológicos e o volume de secreção aspirado da insuflação-exsuflação mecânica com os da aspiração traqueal nesses pacientes. Material e Métodos: ensaio clínico randomizado cruzado, onde foram incluídos 43 pacientes em ventilação mecânica na UTI do Hospital Cristo Redentor (Porto Alegre). Os pacientes foram alocados aleatoriamente para a primeira técnica, logo, a técnica seguinte era realizada no dia posterior. Foram coletadas as variáveis referentes à saturação de oxigênio, hemodinâmica, mecânica respiratória, pré e pós-aplicação, assim como o volume de secreção aspirada, o qual foi pesado em balança de precisão. A aspiração traqueal foi aplicada em três repetições com pressão de -20mmHg, e o aparelho foi realizado em cinco séries de quatro repetições, no modo automático e com pressões de +40/-40 cm H2O. O cálculo amostral foi baseado na secreção aspirada e apontou a inclusão de 44 sujeitos. Análise Estatística: a análise foi realizada através do programa SPSS 16.0. As variáveis foram expressas em média e desvio padrão. Utilizou-se ANOVA para comparação das variáveis nos diferentes tempos, seguido do teste t de Student Newman-keules. Para a comparação do peso da secreção foi utilizado o teste t de Student. Em todas as análises foi adotado um nível de significância de 5%. Resultado e Discussão: não foram observadas diferenças significativas em relação à complacência pulmonar, resistência pulmonar, pressão arterial média, saturação periférica de oxigênio e volume de secreção nos diferentes tempos em ambos os grupos, bem como na relação intergrupos. Conclusão: a insuflação-exsuflação mecânica não altera a mecânica respiratória, a estabilidade hemodinâmica e não aumenta o volume de secreção aspirado em pacientes ventilados mecanicamente.