Assistência Multiprofissional em Terapia Intensiva ao Paciente com Síndrome de Guillain-Barré: um estudo de caso.

Área: Fisioterapia

ALESSANDRA FRANZECK BARBOSA
Programa de Residência Multiprofissional em Urgência e Trauma Universidade Feevale

Alessandra Franzeck Barbosa
Briane da Silva Leite
Caroline Elisa Bonetti
Julie Mirapalheta Santos
Kamila Francine Simões Matos
Claudia Kist Fortino
Vinicius Gonçalves Bastos
Cássia Cinara da Costa
José Fernando Pires

Introdução e Objetivos: Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma neuropatia desmielinizante do sistema nervoso periférico, de origem autoimune, desenvolvida frequentemente após quadros infeciosos, inclusive virais, caracterizada por paraparesia ascendente. O objetivo deste estudo é descrever a atuação multiprofissional em um caso de SGB em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Material e Métodos: estudo de caso retrospectivo, com consulta nos registros de internação de paciente feminina, 61 anos, procedente do Rio de Janeiro, com sorologia positiva para Dengue (negativa para Zica) e diagnóstico de SGB, internada de janeiro a março deste ano, na UTI de um hospital do Vale do Sinos/RS. Resultado e Discussão: a paciente evolui precocemente para insuficiência ventilatória e tetraplegia, necessitando de ventilação mecânica invasiva (VMI). Desenvolveu pneumonia e, após 15 dias, realizou traqueostomia para evolução de desmame, totalizando 35 dias de VMI. Fez uso de dispositivos invasivos (acesso venoso, sonda nasoentérica e vesical) e desenvolveu úlcera sacral grau II. Tratada com Imunoglobulina (5 dias) e dois esquemas de antibioticoterapia (10 dias cada). A atuação fisioterapêutica visou manutenção ventilatória e muscular, evoluindo no desmame da VMI e na mobilidade da paciente, com recuperação parcial do controle de tronco e membros. A assistência de enfermagem visou cuidados com dispositivos invasivos, administração de dieta enteral e medicamentos, controle dos sinais vitais e balanço hídrico, cuidados com a integridade da pele, e orientações da família frente à doença e após a alta hospitalar. A atenção farmacêutica objetivou acompanhamento e orientação quanto a correta administração dos fármacos utilizados, além do acompanhamento das prescrições médicas. Conclusão: a atuação em conjunto com a equipe assistencial e dos residentes multiprofissionais foi fundamental para a evolução do quadro clínico, o desfecho favorável e alta hospitalar após 63 dias de internação.