Implementação do Protocolo de Higiene Bucal nas Unidade de Terapia Intensiva Adulto de um hospital para grande porte de Porto Alegre - Relato de Experiência

Área: Enfermagem

GIOVANNA PERES UZEJKA
Santa casa de Porto Alegre

GIOVANNA PERES
Aline Valli de Leão
Ana Paula da Silva Costa
Elisiane Goveia da Silva
Rute Merlo Somensi

Introdução: A importância dos cuidados bucais em pacientes sob terapia intensiva tem sido alvo de inúmeras investigações. A pneumonia nosocomial é responsável por altas taxas de morbidade, mortalidade, aumento expressivo dos custos hospitalares e média de permanência, sendo que seu estabelecimento se dá mais comumente pela aspiração do conteúdo presente na boca e faringe. Objetivo: Elaborar e implementar protocolo de higiene bucal em 7 Unidades de Terapia Intensiva de um hospital de grande porte na cidade de Porto Alegre. Metodologia: Este estudo partiu da necessidade de reduzir as infecções, a média de permanência e conseqüentemente os custos hospitalares dos pacientes internados em terapia intensiva. Trata-se de um relato de experiência da implementação de um protocolo institucional para higiene bucal de pacientes adultos em UTIs.O protocolo foi construído em parceria com a equipe do Centro de Odontologia dessa Instituição. O projeto piloto foi implementado em uma UTI Neurocirúrgica, no mês de Novembro de 2015. A metodologia utilizada foi a de discussão em grupo, onde foi feita a adaptação e implementação das Recomendações para Higiene Bucal da AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) pelas equipes envolvidas. Após esta fase, o protocolo foi expandido para as outras UTIs da instituição. Resultados e Discussão: Após 4 meses de implementação foram analisados os dados da UTI do HSJ, referentes ao mesmo período no ano de 2014, podendo-se observar a redução de 25% em pneumonias associadas a ventilação mecânica. Esta ação reflete a importância da padronização nos cuidados, buscando melhores resultados assistenciais no cuidado ao paciente crítico. Conclusão: A integração da odontologia com a enfermagem foi fortemente estimulada pela realização do estudo, corroborando com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) de nro.7 de 24 de fevereiro de 2010 da ANVISA.