Prevalência de delirium em terapia intensiva: É possível prevenir?

Área: Enfermagem

RUY DE ALMEIDA BARCELLOS
HOSPITAL POMPÉIA

RUY DE ALMEIDA BARCELLOS
ANDREIA ZANON
Angela Enderle Candaten
Ana Cristina Báo

Introdução:O delirium pode ser definido como uma disfunção orgânica prevalente na terapia intensiva, com incidência variando entre 5 e 92%, estando associada à alta mortalidade, a maior tempo de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Objetivos: Mensurar a prevalência de delirium em pacientes internados em terapia intensiva. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa, realizado em um hospital de alta complexidade de Caxias do Sul. Resultados e Discussões: A população investigada constituiu-se de 1271 pacientes, UTI pesquisada no ano de 2014, para a coleta de dados foi utilizada uma planilha em formato eletrônico elaborada pelos pesquisadores. Os dados foram analisados através da estatística descritiva e os resultados encontrados evidenciaram que 8% (101) dos pacientes investigados foram diagnosticados com delirium; desses 50% eram maiores 70 anos, 74% fizeram uso benzodiazepínicos, 65% eram hipertensos e 71% possuíam comorbidades. A taxa de sobreviventes foi de 76% da amostra e a média de permanência na UTI foi de 7 dias. Conclusão: Conclui-se que apesar de o delirium ser uma patologia de início súbito, este pode ser prevenido através de estratégias no plano terapêutico, sendo que, o papel do enfermeiro na identificação dos pacientes com risco e prescrição de cuidados não farmacológicos é fundamental na gestão clínica do doente crítico. Acredita-se que a equipe de Enfermagem pode promover medidas de conforto básicas, como a iluminação natural, a orientação dos familiares e a gestão dos alarmes e ruídos, os quais, são estímulos estressores que podem ser melhorados para prevenção do delirium.