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DISFAGIA EM PACIENTES NEUROLÓGICOS APÓS VENTILAÇÃO MECÂNICA

Tema: Fonoaudiologia

ROBERTA WEBER WERLE, EDUARDO MATIAS DOS SANTOS STEIDL, LUIZ HENRIQUE SCHUCH, RENATA MANCOPES

UFSM
SANTA MARIA/RS



Introdução: A disfagia pós-extubação pode ocorrer como resultado de uma doença neurológica inicial ou devido a novas alterações cognitivas/sensoriais causadas por doenças críticas, além da própria intubação. Estima-se que entre 38 e 64% dos pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) na fase aguda e 50% dos pacientes com AVC em fase crônica sofrem de distúrbio da deglutição. Objetivo: Investigar a presença da disfagia em pacientes neurológicos após ventilação mecânica (VM) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Material e Métodos: Estudo caso controle, realizado na UTI de um hospital público da Região Sul. Foram avaliados 38 pacientes com distúrbio neurológico primário, divididos em grupo disfágico e não disfágico, que estiveram em VM por um período maior que 24 horas e que estavam em processo de extubação do tubo orotraqueal (TOT) ou em desmame da traqueostomia (TQT). Anteriormente ao processo de extubação, foi realizado os testes de força da musculatura respiratória, escala de coma de Glasgow (GCS) e teste de pico de fluxo de tosse reflexa (PFTR) nos pacientes. Entre 24 e 48 horas após a extubação ou desmame da TQT, os pacientes foram submetidos à avaliação clínica-fonoaudiológica pelo Protocolo de Avaliação de Risco de Disfagia (PARD). Resultados: Foi possível verificar que os dois grupos apresentaram semelhança quanto à força muscular respiratória, GCS e PFTR. Já idade e tempo de internação hospitalar apresentaram diferenças estatísticas significativas entre os dois grupos.

Conclusão: Pacientes neurológicos disfágicos possuem idade mais avançada e necessitam maior tempo de internação hospitalar. Assim, o avançar da idade prejudica a função da deglutição nos pacientes neurológicos e detectar precocemente a disfagia nesta amostra pode reduzir estadia hospitalar.




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