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Modelo de Acompanhamento Ambulatorial para Pacientes Sobreviventes de UTI: Estudo Piloto

Tema: Medicina

JUçARA GASPARETTO MACCARI, REGIS GOULART ROSA, CAROLINE ROBINSON, MAICON FALAVIGNA, DANIEL SGANZERLA, RENATA KOCHHANN, FRANCINE DUTRA, RODRIGO JEFFMAN, MAICON DE OLIVEIRA, LUISA ANZOLIN, EVELIN SANCHES, PATRíCIA DE LEON, EUBRANDO SILVESTRE OLIVEIRA, JULIANA MARA STORMOVSKI ANDRADE, LUCIANA TAGLIARI, MARIANA FENSTERSEIFER MATTIONI, PAULA BERTO, TULIO FREDERICO TONIETTO, LAURA CORSO CAVALHEIRO, FREDERICO KLEIN GOMES, ROSELAINE PINHEIRO OLIVEIRA, CASSIANO TEIXEIRA

Hospital Moinhos de Vento
Porto Alegre/RS



Introdução: Em pacientes sobreviventes da UTI, a redução da capacidade física e a ocorrência de sintomas de ansiedade, depressão, estresse pós-traumático e disfunção cognitiva fazem parte da síndrome pós-UTI (PICS) e estão associados a pior qualidade de vida a médio e longo-prazo. O acompanhamento ambulatorial desses pacientes constitui potencial ferramenta para adequada identificação e tratamento de PICS; porém, tanto a implementação como a avaliação de sua efetividade, são incipientes. Objetivo: Avaliar a exequibilidade de um modelo de acompanhamento ambulatorial para pacientes adultos sobreviventes de doença crítica. Métodos: Estudo de coorte prospectivo com acompanhamento ambulatorial de pacientes 3 meses pós-alta da UTI. Pacientes de UTI de 5 hospitais terciários foram convidados, por telefone, a participar do acompanhamento ambulatorial. Foram avaliados por médico, enfermeiro, psicólogo e fisioterapeuta. Força muscular foi avaliada através da escala de força MRC (Medical Research Concil). Sintomas de ansiedade e depressão através da HADS (Hospital Anxiety and Depression Scale) e sintomas de estresse pós-traumático através da IES (Impact of Event Scale). Disfunção cognitiva foi avaliada por MMSE (Mini Exame do Estado Mental). Resultados: 58 pacientes concordaram em participar do estudo. Destes, apenas 16 (27,5%) compareceram à primeira consulta. Dos 42 que não compareceram, 20 (47,6%) foi por motivo de impossibilidade física de locomoção. A média de idade e do escore APACHE-II da população foi de 60,5 anos (DP=18,2) e 12,9 pontos (DP=5,0), respectivamente. O escore médio do MRC foi de 84,7 (DP=19). O escore médio da HADS foi de 6,5 (DP=4,2) para ansiedade e 7,0 (DP=4,8) para depressão. O escore médio da IES foi de 5,4 (DP=3,9). O escore médio do MMSE foi de 23,8 (DP=5,3).

Conclusão: A avaliação ambulatorial de pacientes sobreviventes de UTI é exequível. Contudo, faz-se necessário a implementação de estratégias para otimização do comparecimento nas consultas.




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