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Internações por Traumatismo Cranioencefálico em Unidades de Terapia Intensiva: Como garantir uma assistência sistematizada?

Tema: Enfermagem

RUY DE ALMEIDA BARCELLOS, TAIS CARDOSO DE LIMA, ANGELA ENDERLE CANDATEN, JOSÉ MIGUEL CHATKIN

Centro Universitário da Serra Gaúcha
Caxias do Sul/RS

Introdução/Objetivos: O traumatismo cranioencefálico é considerado como o maior causador de mortalidades e morbidades nas comunidades, sendo a terceira maior causa de óbitos no mundo.Os objetivos desta pesquisa foram: Mensurar a prevalência de internações por traumatismo cranioencefálico em unidades de terapia intensiva no ano de 2015 e avaliar a adequação dos diagnósticos e prescrições de enfermagem. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal que se realizou em uma instituição hospitalar, a qual é referência para neurologia e neurocirurgia para 48 municípios da região nordeste do Rio Grande do Sul – RS.RESULTADOS: A prevalência de internações por traumatismo cranioencefálico foi de11,4%. A amostra teve predomínio do sexo masculino com 79,4%, escolaridade com predomínio de Ensino Fundamental Incompleto representando 48, os adultos jovens foram os mais atingidos compreendendo as faixas etárias de 20 anos até 40 anos, %, 75,5% dos atendimentos foram realizados pelo SUS. Em relação ao uso de álcool, tabaco e drogas a amostra evidencia 77,4%, 85,2% e 92% respectivamente não as utilizavam. Quanto aos mecanismos de trauma houve destaque para os acidentes automobilísticos, queda de altura e queda da própria altura com 27,4%, 23,5% e 20,5% respectivamente. A média de permanência em dias na UTI foi de 10,2 dias e a taxa de sobrevivência dos pacientes vítimas de TCE foi de 83,3% na UTI e hospitalar de 75,5%. Quando avaliados os diagnósticos e intervenções de enfermagem, 59,8% eram inespecíficos a patologia e 40,2% apresentavam-se incompletos. CONCLUSÃO: Considera-se assim que o TCE é um grave problema de saúde pública, que por sua vez onera os cofres públicos, com aumento das morbidades, das sequelas ocasionadas pelo TCE. Neste sentido a qualidade da sistematização da assistência de Enfermagem torna-se imprescindível para o planejamento do cuidado ao doente neurocrítico.




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