Quando o melhor é a aceitação
A partir da aceitação da terminalidade é a oportunidade de aproveitar melhor os últimos momentos com familiares e amigos. Em entrevista para o Globo, a psiquiatra e psico-oncologista Tula Chaves destaca que é importante que as figuras públicas admitam que não são imortais. Ela diz que isso ajuda aqueles que estão passando por uma situação parecida: "A doença faz com que entremos em contato com a ideia da finitude. Saber, todo mundo sabe. Mas quando uma estrela declara que somos todos finitos, a finitude passa a não ser vista mais como uma grande tragédia", disse.
Não precisa ser uma história de tanto sofrimento, trazendo para um lugar mais claro, em que se perceba que o paciente não está sozinho e há, quem entende o que está passando. O tabu da morte, especialmente por parte dos familiares, acaba prolongando o sofrimento, já que o paciente acaba criando esperanças de sobreviver. A morte é inevitável, e ocultar isso pode trazer ainda mais arrependimento para quem esconde, e trazer ainda mais dor ao luto.
Alguns tratamentos são mantidos dando a falsa impressão de melhoria, mas são fúteis porque trazem um alívio que não é a cura definitiva do problema. O indicado seria investir em tratamentos e atividades que promovam mais qualidade de vida no seus últimos tempos.
A jornalista Eliane Brum em sua reportagem A Mulher que Alimentava acompanhou Ailce durante 115 dias na Enfermaria de Cuidados Paliativos. Essa história é um exemplo de como é possivel colocar um "manto" sobre a doença e recebendo cuidado e amor até o último suspiro de vida. LEIA AQUI