Síndrome de burnout em enfermeiros intensivistas

Tema: Enfermagem

PATRICIA CRISTINA CARDOSO, FERNANDA DOS REIS, ERICA BATASSINI, RANI SIMõES DE RESENDE, JULIANA TEIXEIRA DA SILVEIRA, KARINA MESQUITA TEIXEIRA, ADRIANE NUNES DINIZ

HCPA
Porto Alegre/RS

Introdução e objetivos: A exposição a fatores adversos do próprio ambiente e a condição crítica dos pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão associadas a manifestações neuroendócrinas do estresse em profissionais que atuam nestas unidades. Atualmente, a Síndrome de Burnout é um dos desdobramentos mais importantes do estresse ocupacional e pode ser causada quando as situações de enfrentamento não foram utilizadas ou falharam. É caracterizada por três diferentes componentes: exaustão emocional, despersonalização e ausência de realização profissional.

Material e Métodos: Revisão sistemática da literatura em artigos científicos, publicados entre 2012 e 2016. A busca bibliográfica foi desenvolvida na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS-BIREME) com os descritores Burnout e Terapia Intensiva. Resultado Os estudos demonstram que enfermeiros intensivistas apresentam alta prevalência de desgaste no trabalho. O estresse ocupacional caracteriza-se por padrões fisiológicos, emocionais, cognitivos e comportamentais. Fatores associados ao desenvolvimento de burnout são o trabalho noturno, pouca autonomia, dificuldade de relação com os colegas e equipe multiprofissional, ausência de reconhecimento/apoio e a convivência com a morte iminente. Pode-se adicionar a esses elementos cargas de trabalho elevadas, rotinas aceleradas, alarmes intermitentes e a estrutura física com luzes artificiais e ambientes fechados. Os enfermeiros também são responsáveis por múltiplas funções como gestão de pessoas, educação permanente da equipe e suporte psicológico e social de pacientes e familiares. Conclusão O estresse ocupacional pode resultar em alterações comportamentais como apatia, irritabilidade, desatenção e absenteísmo. Isso implica diretamente na qualidade do cuidado prestado. Portanto é de fundamental importância da realização de estudos voltados à temática e o foco em estratégias de prevenção e detecção precoce da síndrome de burnout.