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Colonização por Staphylococcus aureus e Staphylococcus aureus resistentes a meticilina em Profissionais de Unidade de Terapia Intensiva e Profissionais/Acadêmicos e Superfícies de Odontologia: um estudo transversal

Tema: Odontologia

LISANDRA EDA FUSINATO ZIN CIAPPARINI, WOLNEI LUIZ AMADO CENTENARO

UNESC
Criciuma/SC

Introdução e Objetivos: Staphylococcus aureus são micro-organismos pertencentes a microbiota da cavidade nasal e podem colonizar também a cavidade oral. Cepas resistentes a antibióticos, particularmente a meticilina (MRSA) pode trazer riscos a ambientes hospitalares, ambulatórios e para a comunidade. A proposta desse estudo é avaliar a possibilidade de colonização por Staphylococcus aureus e sua forma resistente na prática odontológica, como ocorre em ambientes hospitalares. Materiais e métodos: Para isso, coletamos secreção salivar e nasofaringea de profissionais de uma UTI hospitalar, cirurgiões dentistas, auxiliares em saúde bucal, acadêmicos de duas Universidades distintas e também de superfícies no ambiente de trabalho. Após coletado, material foi semeado em sal ágar manitol. As colônias isoladas obtidas foram submetidas a coloração de Gram para avaliação da morfologia e arranjo celular. O screening para resistência a meticilina foi realizado pelo meio Cromo Agar (MRSA) e as colônias características a resistência foram então submetidos ao teste antimicrobiano de disco difusão para oxacilina e cefoxitina. A confirmação genotípica foi avaliada por amplificação dos genes mecA para caracterização da resistência e Luk-S e Luk-F de caracterização comunitária. Resultados: Cento e noventa e seis amostras foram coletadas, sendo 156 indivíduos e 40 superfícies. Obteve-se 93 cepas de Staphylococcus aureus em indivíduos e 05 nas superfícies. Destas, 08 provenientes de colonização nasal e 03 de colonização salivar foram caracterizadas genotipicamente para MRSA. Somente 04 amostras apresentaram o gene LukS-lukF, estando associadas a origem comunitária.

Conclusão: Mesmo sem determinar o risco absoluto da ocorrência de uma possível contaminação cruzada por MRSA e Staphylococcus aureus em procedimentos odontológicos, nosso estudo sugere uma associação de prevalência em ambientes odontológicos e hospitalares.




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