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Incompatibilidades medicamentosas em uma UTI de um hospital de Porto Alegre

Tema: Farmácia

LUCIA COLLARES MEIRELLES, BIANCA DE MORAES FRACASSO, FERNANDA CARDOSO CHIES, FABIANA WAHL HENNIGEN, CLEI ANGELO MOCELIN

Grupo Hospitalar Conceição
Porto Alegre/RS



Introdução e objetivos: Infusões intravenosas são muito utilizadas em unidade de terapia intensiva (UTI). Pacientes críticos fazem uso de diversos medicamentos injetáveis, levando a um maior risco de incompatibilidades medicamentosas. Este evento pode ocorrer no preparo ou na administração dos medicamentos, devendo as infusões serem cuidadosamente planejadas, demostrando a importância do farmacêutico na equipe multiprofissional. O objetivo desse trabalho é avaliar as incompatibilidades encontradas durante a análise das prescrições de uma UTI adulto de 16 leitos de um hospital terciário do SUS.

Material e Métodos: Este é um estudo transversal retrospectivo e os dados foram coletados do banco de dados do hospital referentes a março de 2017. Foram selecionadas as prescrições do segundo dia de internação na UTI com quatro ou mais medicamentos injetáveis, totalizando 52 pacientes. Os medicamentos foram classificados como compatíveis, incompatíveis e não testados, utilizando o Micromedex® versão 2.0, e realizada uma análise estatística descritiva. Resultado: Foram prescritos 425 injetáveis, totalizando uma média de 8,2 medicamentos por paciente. Foram encontradas 138 incompatibilidades em Y e 719 não-testados, totalizando uma média de 2,6 e 13,8 por paciente, respectivamente. Das prescrições, 97% possuíam pelo menos uma incompatibilidade, sendo furosemida, midazolam e fenitoína os fármacos com mais incompatibilidades. Omeprazol e dipirona foram os medicamentos que predominaram na classe de não-testados.

Conclusão: A incompatibilidade medicamentosa é um risco potencialmente grave aos pacientes críticos. A atualização das bases de dados de incompatibilidade é necessária devido ao grande número de medicamentos não testados. A presença do farmacêutico na UTI auxilia na identificação de possíveis incompatibilidades, reduzindo a ocorrência de efeitos indesejáveis ao paciente.




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