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SÍNDROME DA EMBOLIA GASOSA EM POLITRAUMATIZADOS

Tema: Medicina

CAROLINE SALIM SCHNEIDER, KAREN BERTASSO DA ROSA, LARISSA REGINATO JUNGES, DANIELLE MOLARDI DE AGUIAR, CARLOS FRANCISCO DO BEM

HOSPITAL DE PRONTO SOCORRO DE CANOAS
CANOAS/RS

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A Embolia Gordurosa (EG) é caracterizada por bloqueio da luz vascular por gotículas de gordura. Os pulmões, além de ser os primeiros órgãos atingidos, também são os mais acometidos. É comum ocorrer EG em vítimas de trauma. Em pacientes com fraturas múltiplas, 0,25 a 30% podem evoluir para a Síndrome da Embolia Gordurosa (SEG), que constitui lesão e disfunção de um ou mais órgãos devido aos êmbolos de gordura. O objetivo desse estudo é demonstrar a gravidade, a dificuldade em diagnosticar e tratar a SEG. MATERIAL E MÉTODOS: Os dados foram coletados no prontuário de paciente atendida no Hospital de Pronto Socorro de Canoas, RS. RESULTADO: ND, 21 anos, feminino, colisão moto x moto de cinemática grave, usava capacete. Ao exame físico ausculta pulmonar normal, saturando a 94% em ar ambiente, TA 80/40mmHg, FC 110 bpm, Glasgow 15, amnésia lacunar, dor em ombro e clavícula direita, deformidade em coxa esquerda. Realizou ecografia abdominal, radiografia de tórax, bacia e coxa e joelho esquerdo e tomografia de crânio, face, tórax, abdome e cervical, além de laboratoriais. Constatou-se trauma abdominal contuso com lesão esplênica grau III – IV, fratura exposta de fêmur esquerdo, bacia, escápula esquerda, clavícula, colo e cabeça do úmero direito, 10º arco costal esquerdo, hematoma pélvico e choque hemorrágico. Realizou cirurgia para fixação de fêmur. No pós-operatório, apresentou alteração do nível de consciência, esforço respiratório e sudorese. Foi intubada e sedada, com posterior traqueostomia. Saiu da sedação, mantendo-se em Glasgow 10. Está recebendo 2L de oxigênio. CONCLUSÃO: O diagnóstico de SEG pode ser feito a partir da avaliação clínica associado a alterações inespecíficas em exames. Seu tratamento é de suporte, a fim de manter a volemia e saturação acima de 95%. A síndrome pode evoluir para recuperação total bem como para coma e morte. A taxa de mortalidade varia muito entre os estudos, provavelmente pela dificuldade em diagnosticar SEG.




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