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Função pulmonar e força muscular ventilatória no pós-operatório de cirurgia torácica vídeo-assistida versus toracotomia póstero- lateral: um estudo comparativo

Tema: Fisioterapia

PAULINE LOPES CARVALHO, CAMILA DA CUNHA NIEDERMEYER, HERMANN HEINRICH HUSCH, ADRIANA KESSLER

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Porto Alegre/RS

Introdução e Objetivos: A cirurgia torácica vídeo assistida (CTVA) é menos invasiva e dolorosa do que a toracotomia póstero-lateral (TPL), podendo minimizar alterações pulmonares pós-operatórias. O objetivo do estudo foi comparar a função pulmonar e força muscular ventilatória no pré e pós-operatório de TPL versus CTVA.

Material e Métodos: Estudo de coorte, prospectivo, com pacientes submetidos à cirurgia torácica internados em uma unidade de terapia intensiva (UTI). Os participantes foram avaliados por espirometria e manovacuometria no pré-operatório (PRÉ), pós-operatório imediato (POI) e na alta da UTI (ALTA). Utilizado SPSS (versão 23.0) para análise dos dados. Resultado: Participaram 44 indivíduos, 22 em cada grupo. Na análise intra-grupos, no grupo CTVA (GCTVA), a capacidade vital forçada (CVF) e o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) apresentaram redução no POI (1,68±0,78; 1,17±0,63) e na ALTA (1,61±0,69; 1,17±0,53) quando comparados ao PRÉ (2,33±1,03; 1,82±0,85). No grupo TPL (GTLP) observou-se comportamento semelhante na CVF e no VEF1 no PRÉ (2,39±0,76; 1,92±0,66), POI (1,18±0,57; 0,89±0,38) e ALTA (1,31±0,49; 1,03±0,42). Na análise entre os grupos houve redução significativa no POI nas variáveis CVF, CVF% e VEF1% no GTPL. Independentemente do grupo, constatou-se redução significativa entre os três momentos avaliados em relação a pressão inspiratória máxima (PImáx) (CTVA- PRÉ: 60,36±28,37; POI: 46,09±23,64 e ALTA: 51,91±18,51; TPL- PRÉ: 57,05±29,42; POI:34,36±26,41; ALTA: 48,05±28,53) e pressão expiratória máxima (PEmáx) (CTVA- PRÉ: 96,64±42,16; POI: 66,50±36,31 e ALTA: 76,00±30,16; TPL- PRÉ: 86,86±53,28; POI: 45,05±24,82 e ALTA: 59,41±34,39), indicando uma redução da força muscular no POI e um aumento na ALTA, porém sem retomar os valores do PRÉ.

Conclusão: O GCTVA apresentou prejuízos menores nos volumes pulmonares quando comparados com o GTPL, o que pode ser um indicativo para priorização dessa técnica cirúrgica.




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