Pode parecer desnecessário ao senso comum, mas cuidar da saúde bucal de um paciente internado em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) melhora o quadro sistêmico do doente, tem impacto direto na sua recuperação e também reduz o risco de mortalidade durante a internação.
Em março de 2021, o professor J. Randall Curtis recebeu o diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença neurodegenerativa que afeta o neurônio motor. Como sabemos, a ELA tem natureza progressiva, cursando com atrofia muscular progressiva e, em formas mais graves, paralisia bulbar progressiva.
A partir de março de 2020, sistemas de saúde do mundo inteiro foram afetados pela avalanche de casos de Covid-19. O Brasil não ficou imune a esse problema. Milhares de brasileiros evoluíram com casos graves da doença e necessitaram de tratamento em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
Quando o paciente é internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) ele necessita de cuidados especializados e intervenções avançadas de saúde, cujo principal objetivo dessa internação é a preservação da vida. Entre outras intervenções, a inserção de via aérea avançada é uma das intervenções mais comuns na UTI. Hoje sabe-se que apesar de salvar vidas, a permanência do tubo orotraqueal traz riscos ao paciente, entre eles, lesão permanente de laringe, traqueia e pregas vocais.
O Departamento de Fonoaudiologia da AMIB tem algumas instruções para garantir maior qualidade e assistência segura em Disfagia. Pacientes hospitalizados podem apresentar risco de engasgos ou tosse durante a alimentação, apresentando fragilidade na segurança, podendo comprometer a saúde pulmonar e qualidade de vida, além de contribuir para aumento do tempo de internação e eventos adversos.