Nota Oficial

Nota Oficial

Porto Alegre, 13 de janeiro de 2020.
É com grande preocupação que a SOTIRGS em nome de todos dos profissionais que atendem os doentes críticos vem expor publicamente uma grande ameaça. Esta ameaça foi divulgada, para surpresa de todos, pela ANVISA sob forma de consulta pública (753/2019) no dia 2 de janeiro de 2020, que apresenta uma proposta de alteração de Resolução Colegiada (RDC 7/2010) a qual estabelece parâmetros mínimos para o funcionamento de uma UNIDADE de TRATAMENTO INTENSIVO.

UTI

ANVISA: Consulta Pública Nº 753

São Paulo, 08 de janeiro de 2020


Carta aberta à comunidade médica e à população brasileira.


Ao tomarmos conhecimento da abertura da consulta pública 753/2019 pela Agência de Vigilância Sanitária - ANVISA, que trata de alteração da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 7/2010 a qual dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em todo o território nacional, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) vem a público manifestar sua preocupação junto à comunidade médica e sociedade brasileira.

De acordo com o teor do documento 753/2019, a ANVISA deixará de legislar sobre os requisitos mínimos em termos de recursos humanos nas UTIs brasileiras. Que outra instituição terá o poder de legislar e em especial de fiscalizar a adequação dessas unidades senão a ANVISA? Quem serão os responsáveis por estas ações?

As instituições médicas podem fazer as recomendações devidas, mas sem poder de lei, a não implementação dessas recomendações podem colocar em risco a vida dos pacientes nestas unidades.

É nas unidades de terapia intensiva (UTI) onde a assistência de saúde tem o seu maior grau de complexidade, visto que atende a pacientes em seu momento de maior fragilidade, gravidade e risco de morte. Qualquer paciente (de qualquer especialidade médica) pode necessitar de assistência em uma UTI. Ao apresentar disfunções orgânicas múltiplas e concomitantes estes pacientes precisam de suporte de vida avançado e intensivo, prestado por uma equipe multiprofissional treinada, especializada e em quantidade suficiente. É, portanto, inquestionável que a assistência de saúde com qualidade e segurança nessas unidades representa, na maioria das vezes, a única chance de sobrevivência para estes pacientes graves.

Assim, o delineamento dos requisitos mínimos de funcionamento dessas unidades deve incluir de forma cuidadosa o dimensionamento quantitativo e qualitativo; desde a área física necessária, equipamentos e infraestrutura hospitalar de suporte (como laboratório, radiologia, etc.); mas principalmente o dimensionamento e qualificação da equipe multiprofissional que a compõe estando neste último item, o grande diferencial na assistência segura e de qualidade nessas unidades.

Ao passo em que se faz importante viabilizar a abertura de UTIs de forma a possibilitar o acesso a elas a todos os brasileiros, de nada adianta abrir unidades sem condições técnicas mínimas de cumprir o seu papel com garantia de qualidade e segurança, inclusive podendo aumentar muito o risco de atendimento inadequado. Unidades que não incluam esses requisitos mínimos, podem ao contrário do que devem se propor, não apresentar os resultados em melhoria de morbidade e mortalidade bem como aumentar os custos na assistência de saúde.

A AMIB deseja que todos os brasileiros possam ter acesso ao leito de UTI se dele precisar. E que este leito seja em uma unidade capaz de oferecer uma terapia intensiva eficiente e segura. Que seja em uma UTI de verdade!

Fonte: AMIB 

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Apresentao1

É com bastante preocupação que a Sociedade de Terapia Intensiva do Rio Grande do Sul tomou conhecimento de uma decisão da Unimed de não autorizar o pagamento de terapia renal substitutiva contínua a partir de 15 de agosto de 2019. A justificativa para tal decisão baseou-se na ausência de redução de mortalidade em ensaios clínicos que compararam as terapias contínua e intermitente. Várias terapêuticas empregadas em pacientes críticos não mostraram redução demortalidade, mas continuam sendo adotadas por conhecimento fisiológico e benéfico em outros desfechos. A decisão de autorizar uma terapêutica baseada exclusivamente na redução de mortalidade parece-nos impertinente. Acreditamos que esta é uma decisão preliminar e que novas discussões serão realizadas. Estaremos atentos aos desdobramentos deste assunto com o intuito de defender o melhor cuidado ao paciente crítico.

Cuidados Paliativos

12 de outubro: Dia Mundial dos Cuidados Paliativos

O tema deste ano tema é “Meu Cuidado, meu Direito”, divulgado pela World Hospice Palliative Care Alliance (WPHCA). O tema da campanha fala a respeito do direito que os pacientes com uma doença grave têm de receber o atendimento de Cuidados Paliativos adequados dentro da política de saúde.

Sotirgs Congresso

V Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva Neurológica traz discussões inovadoras

Antes da realização do V Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva Neurológica (COMIN), já era possível imaginar o seu sucesso: os ingressos estavam esgotados na semana anterior. Aproximadamente 500 profissionais da medicina intensiva prestigiaram o evento, que ocorreu entre os dias 31 de maio e 1° de junho.

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